segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Desempenho de Portugal a nível climático: que reflexões?


Portugal passa de "moderado" para “bom” em desempenho climático

Notícia de hoje, no Público.

Apesar do 'sinal' positivo de Portugal quanto ao cumprimento dos objectivos do Protocolo de Quioto, justifica-se uma reflexão mais profunda, nomeadamente quanto:

- à deslocalização de indústrias para países em vias de desenvolvimento, como a China (compramos barato, mas a um dos maiores Emissores de Dióxido de Carbono - posicionado em 56º Lugar, mais precisamente, segundo o Climate Change Performance Index 2011). Não estaremos a emitir menos CO2 à custa de desemprego e precariedade social e económica em Portugal?

- a reduzida representatividade política que Portugal (man)tem ao nível das decisões sobre Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, face, por exemplo, a países como a Itália e Polónia, que se encontram entre os países que recusaram o elevar da fasquia relativamente aos objectivos propostos em Quioto em 1997 e também bloquearam a adopção de Políticas de Financimento para o Clima, na UE. O que poderá/deverá mudar com este 14º (na realidade, um 11º lugar, veja-se o ranking para perceber), relativamente à preponderância nas decisões políticas sobre estes assuntos?

- o que realmente mudou/deverá ainda mudar no sistema de transportes públicos e eficiência energética doméstica, como justamente assinalado por uma leitora num comentário à notícia?

- o index ou ranking resulta da consideração de critérios como Nível de Emissões, Tendência de Emissões e Políticas Ambientais (com ponderações específicas para cada um), pelo que a posição de Portugal no nível Bom 'camufla' a classificação de uma Performance Moderada para alguns destes descritores.

- estará o desenvolvimento económico e social de uma região, em particular no caso dos Países em Vias de Desenvolvimento (caso paradigmático, a China - quem mais?!) inevitavelmente associado a um aumento do impacto negativo ao nivel do ambiente, nomeadamente no que diz respeito a alterações climáticas?

Assim sendo, resta desejar boas reflexões, profícuas discussões e, que bom que era!, mudanças de atitude naquelas pequenas acções do quotidiano que tanta diferença poderão fazer! (Em breve, será realmente oportuno partilhar um vídeo sobre liderança e a possibilidade de pequenos gestos potenciarem a mudança. A ver se não esquece remeter para este post, para os mais esquecido!)

Saber sem agir não faz avançar o Mundo!

Até breve!



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